Transformação digital acelerou processos, revolucionou modelos de negócio e colocou dados no centro de tudo. As mesmas tecnologias que impulsionam a inovação, no entanto, abriram portas para criminosos digitais. Nos últimos dois anos, o Brasil entrou no ranking dos países mais atacados do mundo. Enquanto grandes corporações são alvos óbvios, pequenas e médias empresas (PMEs) tornaram-se a presa preferida dos cibercriminosos, por terem menos maturidade em segurança e recursos limitados.
Segundo a Kaspersky, o país sofreu mais de 700 milhões de ataques cibernéticos em 12 meses, o equivalente a 1 379 ataques por minuto. Em 2023, foram 192 milhões de tentativas de ataques bloqueadas apenas contra PMEs, ou 365 golpes por minuto. Esse ritmo alucinante indica que qualquer empresa, independentemente do tamanho, pode ser atingida. Para piorar, 95% das violações de segurança resultam de erros humanos. Assim, investir em cibersegurança deixou de ser opcional; tornou‑se questão de sobrevivência.
Violação de dados não é só uma manchete; é um risco financeiro real. De acordo com um estudo recente, apenas no primeiro semestre de 2025, foram registrados mais de 100 mil incidentes cibernéticos no Brasil, com média de um ataque a cada cinco segundos. O setor de serviços liderou o ranking de vítimas, seguido de educação, saúde e comércio. O custo médio de uma violação de dados no país ultrapassa R$ 6 milhões em 2025, considerando multas, indenizações, paralisação de atividades e perdas de contratos. Em alguns segmentos, como o de saúde, esse valor supera R$ 10 milhões.
Outro relatório da Escola Superior de Redes (ESR) destaca que em 2023 o Brasil contabilizou 60 bilhões de tentativas de ataque, enquanto em 2024 o custo médio de uma violação de dados foi de R$ 1,36 milhão. O estudo da ESET, baseado em entrevistas com mais de 3 000 profissionais de TI, revela que 27% das empresas da América Latina sofreram um ataque no último ano, com 25% das brasileiras relatando incidentes. Pior: 32% das empresas latino‑americanas não têm ferramentas para saber se foram ou não atacadas, evidenciando a falta de visibilidade.
A IBM estima que uma violação descoberta e contida mais rapidamente reduz o custo total do incidente. O mesmo relatório aponta que 97% das organizações que atuaram com um time de resposta e testaram planos de contingência reduziram significativamente os prejuízos, reforçando a importância de preparo prévio.
O universo de ameaças evolui constantemente, impulsionado por novas tecnologias e pela criatividade de grupos criminosos. Em 2025/26, os seguintes vetores merecem atenção especial:
O phishing continua sendo o golpe mais comum. Por meio de e‑mails ou mensagens fraudulentas, criminosos convencem usuários a clicar em links maliciosos, inserir credenciais ou baixar arquivos infectados. A personalização dessas mensagens, muitas vezes gerada por inteligência artificial, imita com perfeição comunicações de bancos, fornecedores ou colegas. Apenas um clique pode comprometer toda a empresa.
Essa tática explora a ingenuidade e a falta de atenção dos funcionários, tornando o fator humano o elo mais fraco. Treinamentos regulares e simulações de phishing são essenciais para reduzir esse risco.
O ransomware segue como uma das maiores ameaças. Ele sequestra os dados da empresa por criptografia e exige pagamento para liberação. Nos últimos anos, surgiram variantes de “duplo sequestro”, em que além de criptografar, os atacantes exfiltram dados e ameaçam divulgá‑los se o resgate não for pago. A atuação desses grupos é organizada, com “suporte técnico” e até modelo de franquia (Ransomware‑as‑a‑Service).
Relatórios apontam que 37% das empresas no mundo sofreram algum ataque de ransomware nos últimos anos. No Brasil, 94% dos profissionais consideram o ransomware um risco crítico e 29% relatam ter enfrentado esse tipo de incidente nos últimos dois anos. Apesar disso, menos da metade das empresas usa criptografia de dados ou ferramentas de prevenção à perda de informações (DLP).
A ESET destacou que as famílias de malware Guildma, Kryptik e Zurgop foram as mais detectadas no Brasil em 2024. Guildma e Kryptik são trojans bancários, que roubam dados financeiros e credenciais. O Brasil concentra 61% das detecções de trojans em toda a América Latina.
Os ataques de negação de serviço (DDoS) sobrecarregam servidores com requisições massivas até que fiquem indisponíveis. Somente no primeiro semestre de 2024 ocorreram mais de 370 000 ataques DDoS, deixando sites e serviços fora do ar por horas.
Menos visível que o ransomware, o cryptojacking instala malwares que sequestram o poder computacional dos dispositivos para minerar criptomoedas. Isso causa lentidão, superaquecimento e aumento na conta de energia. A disseminação ocorre via phishing ou downloads de softwares comprometidos.
Com o avanço da inteligência artificial generativa, deepfakes tornaram‑se arma para fraudes. Vídeos falsos podem burlar autenticações biométricas, imitar a voz de executivos e autorizar transferências indevidas. Um caso recente, investigado pela polícia de Hong Kong, envolveu a simulação de uma videoconferência para desviar US$ 25 milhões. A IA também produz e‑mails de phishing extremamente convincentes e ajuda criminosos a identificar vulnerabilidades.
A telemetria da ESET revelou que muitas falhas exploradas em 2024/25 eram antigas, como a CVE‑2017‑11882, corrigida há anos. A demora na aplicação de patches de segurança continua sendo um problema que expõe sistemas desatualizados a ataques.
A disseminação de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e a chegada do 5G ampliaram a superfície de ataque. Novos sensores, câmeras, routers e dispositivos de automação frequentemente têm segurança limitada, oferecendo mais pontos de entrada para invasores. A proteção desses dispositivos requer políticas específicas de atualização e segmentação de rede.
As PMEs representam a base da economia brasileira. Em 2024, foram criadas 3,3 milhões de novas empresas, sendo 96% MEI, micro e pequenas. Elas geram sete de cada dez empregos. Contudo, muitas carecem de maturidade em segurança. O relatório “Estado da Cibersegurança para PMEs” mostra que mais de 60% das pequenas e médias empresas foram alvo de pelo menos um ataque no último ano. Criminosos as enxergam como porta de entrada para redes maiores, infiltrando‑se na cadeia de suprimentos.
Os motivos da vulnerabilidade são vários:
As PMEs investem em média US$ 275 mil por ano em segurança, enquanto grandes empresas alocam US$ 14 milhões. Esse gap financeiro, aliado à escassez de profissionais e à confusão de prioridades, coloca essas empresas em risco. Para muitas, um incidente grave significa fechar as portas: 75% das PMEs que sofrem ataques importantes encerram as atividades.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) mudou a forma como as empresas brasileiras tratam dados pessoais. Além de criar obrigações como consentimento, transparência e direitos dos titulares, a lei exige medidas técnicas e administrativas para proteger informações. Adotar boas práticas de cibersegurança torna‑se, portanto, requisito legal.
A LGPD fortalece a confiança entre empresa e cliente, reduz a exposição a multas e melhora a reputação. Ao seguir a legislação, as organizações adotam políticas de coleta, armazenamento e descarte de dados, controlando o acesso e a criptografia. Além da LGPD, normas como ISO 27001, NIST e frameworks de Segurança Zero Trust ajudam a estruturar processos e são exigidas em auditorias, contratos e certificações.
O cenário de ameaças muda rapidamente. Para se manter à frente, é preciso acompanhar tendências e integrar novas tecnologias às defesas. Destacam‑se:
Implementar uma estratégia robusta de cibersegurança passa por pessoas, processos e tecnologia. As seguintes medidas são consideradas básicas:
No caso das PMEs, a falta de pessoal qualificado e de orçamento dificulta a implementação de todas essas medidas. É aqui que entram os provedores de serviços gerenciados de segurança (MSSPs). Eles oferecem monitoramento 24/7, detecção e resposta a incidentes, gestão de vulnerabilidades e conformidade, com custo previsível e escalabilidade. A terceirização pode custar até três vezes menos do que manter uma equipe interna de TI, além de proporcionar acesso a especialistas atualizados.
A N2 Code, mais do que uma software house, oferece uma plataforma unificada de cibersegurança projetada para PMEs brasileiras. Diferenciando‑se de soluções tradicionais que focam apenas em antivírus ou firewall, a N2 Code combina consultoria, treinamento e tecnologia em cinco hubs integrados:
Essa integração oferece uma visão 360° da segurança, centralizando informações e facilitando decisões. A N2 Code se diferencia por:
Ao escolher a N2 Code, as empresas obtêm não apenas ferramentas, mas também consultoria estratégica. A plataforma se adapta ao nível de maturidade de cada cliente, possibilitando começar com um módulo específico (por exemplo, treinamento de colaboradores) e expandir conforme as necessidades evoluem.
A realidade da cibersegurança em 2025/26 é implacável. Ataques são frequentes, sofisticados e custosos. As PMEs, base da economia brasileira, estão particularmente vulneráveis, seja por falta de recursos, seja por desconhecimento. Dados mostram que o Brasil enfrenta milhares de ataques por minuto, que 100 000 incidentes ocorrem em apenas seis meses e que o custo médio de uma violação ultrapassa milhões de reais. Em paralelo, 95% das falhas resultam de erro humano – um problema que pode ser mitigado com treinamento, processo e tecnologia.
Assim, as empresas precisam adotar uma postura proativa: investir em conscientização, políticas de segurança, proteção de endpoints, backups, criptografia e em frameworks modernos como Zero Trust. Além disso, o cumprimento da LGPD e de outras normas deve ser encarado como oportunidade para melhorar a governança e fortalecer a confiança dos clientes.
Contudo, fazer tudo internamente pode ser inviável para muitos negócios. A parceria com especialistas em cibersegurança, como a N2 Code, proporciona acesso a conhecimento, ferramentas integradas e suporte contínuo. A plataforma unificada da N2 Code alinha treinamento, gestão de acessos, proteção de endpoints, monitoramento de e-mails e análise de vulnerabilidades em um único ecossistema, otimizando recursos e simplificando a gestão de segurança.
O recado final é claro: não espere sofrer um ataque para agir. Avalie a maturidade de segurança da sua empresa hoje, identifique lacunas e busque apoio especializado. A cibersegurança não é mais apenas proteção; é um investimento estratégico que garante a continuidade do negócio e a confiança de clientes e parceiros. Consulte a N2 Code e descubra como construir uma estratégia de proteção completa e evolutiva, alinhada aos desafios de 2025 e além.